Mitos e Supertições: verdades ou não?
Passado o dia das bruxas e a
proximidade do Natal, me remete a uma coisa: mitos e superstições: verdades ou
não? Afinal, quem nunca ouviu falar de algo que é da crendice popular e até
hoje não sabe se é mito ou verdade?
A superstição é uma crença
ou um sentimento que não é baseado na razão nem no conhecimento e que atribui
um significado particular a uma coisa. Ou mais ou menos, todos nós temos alguma
superstição, porque mais ou menos, todos nós sentimos no íntimo que vivemos
cercados de poderes invisíveis que podem nos trazer boa ou má sorte. Ninguém
parece estar livre totalmente das superstições.
Os africanos acreditam que terão boa
sorte, se vestirem uma serpente morta com roupas humanas. Os esquimós sepultam suas crianças mortas junto com um cachorro vivo,
acreditando que o cachorro mostrará o caminho do céu à criança. Os cubanos acreditam que se adormecerem sob os raios da lua, ficarão com
a boca torta. Uma mulher inglesa, não limpa os ciscos
da porta da frente, pois acredita que isso atrairá má sorte para dentro de
casa.
Os alemães acreditam que se levarem um trevo de quatro folhas no bolso,
na véspera do natal, verão feiticeiras. O italiano acredita ser mau agouro matar uma cobra, pois no lugar onde
elas se ocultam, grandes tesouros estariam escondidos. Os japoneses acreditam que se cortarem as unhas à noite, acharão garras
de gato nos dedos pela manhã. Na Virginia, se um galo canta, haverá
visitas. Em Massachusetts, os lavradores acreditam, que se uma vaca muge depois
da meia-noite, haverá morte na família.
No Brasil, há várias crendices. A
começar pela sexta-feira 13, dia do azar. Quem é que nunca bateu na madeira
três vezes para isolar o azar ou fez figa uma vez na vida? Quebrar o espelho dá
sete anos de azar. O azar acomete, também, quem passa debaixo de uma escada ou
vê um gato preto. Devemos entrar em qualquer lugar com o pé direito para dar
sorte. Deixar sal grosso no canto da sala, também, trás sorte. Se sentir um
arrepio repentino significa que algum espírito passou perto de você (vivo
cercada de espíritos, vai arrepiar pra lá) Para mandar uma visita indesejada
embora é só deixar uma vassoura de cabeça pra baixo atrás da porta. Ao ver uma
estrela cadente, faça um pedido (os meus nunca se realizaram, mas nunca deixo
de fazer né, vai que dá). Se sair do banheiro quente no vento frio, sua cara
ficará torta. Se a sua orelha direita estiver quente, é alguém falando bem de
você, mas se for a esquerda é alguém falando mal de você, aproveite e tasque
uma mordida na gola da camiseta para que o infeliz morda na língua. Hahaha
A maneira mais eficiente de se
encontrar algo que se perdeu é pedir pra São Longuinho e depois dar três
pulinhos quando achar. Nunca, em hipótese nenhuma, abra o guarda-chuva dentro
de casa, pois trás infortúnio e problemas aos familiares. Pendurar uma
ferradura acima da porta, trás boa sorte. Jamais raspe os pêlos, eles nascerão
mais rapidamente e ficarão mais grossos. Nunca ligue o celular no hospital,
pois pode causa interferência nos equipamentos e pôr em risco a vida dos
pacientes. Assim como, ligar o celular em postos de combustíveis pode causar
explosão. Quem for pulado não cresce mais. Varrer o pé de uma moça solteira,
coitada, não casa nunca mais (acho que alguém varreu meu pé, rsrsrs). Mulher
que tem o segundo dedo do pé maior, manda no marido. Apontar as três Marias no
céu cresce verruga na ponta do dedo. E existem várias ligadas ao sexo do bebê,
por exemplo, se você pedir a futura mamãe que mostre a mão e ela estender com a
palma para baixo, é menino, se estender com a palma para cima, é menina. E a
mais famosa delas, se o chinelo estiver virado e você não desvirar, acontecerá
algo ruim com sua mãe (eu que não quero correr o risco, desviro logo).
A maioria, comprovadas cientificamente,
são inverdades mas, enfim, quem quer correr o risco? E então vem o Natal.
Aquela magia, que nos é posta na infância, da existência de um bom velhinho que
nos traz presente (se formos pessoas boas e comportadas o ano inteiro, é claro)
é algo que mexe com o imaginário e as sensações, principalmente, das crianças.
Quem um dia não acreditou? Eu acreditei e quero acreditar até hoje, sabe por
quê? Porque pra mim o Natal, sempre vai ter algo de mágico, tempo de paz em que
floresce o bem-estar e o bem querer das pessoas e nada como um personagem
símbolo para elucidar essa época mesmo que seja um mito. Assim como a gente faz
todas as outras coisas sem saber exatamente o porquê e se é verdade ou não.
Acreditar é preciso.
Bom Natal e boas
superstições, afinal ninguém é de ferro, uma fézinha nada pode atrapalhar.