terça-feira, 6 de novembro de 2012


Oi gnt, como estão? Hoje vou falar de uma coisa que acho super importante e dou super valor: a escrita. Segue ai meu post da 40º edição da revista Infocco.

Assassinando a Escrita

“A cituação é a seguinte: não tem nada que mim deicha mais sem geito do que uma pessoa que não se responçabilise pelo poblema da escrita. Eu sei que parece indiota, mais para que não ceja é preciso que voçê tenha mais certesa da palavra que está escrevendo e concerteza o prejuiso pra língua portuguesa vai diminoir e vai ter menas gente que quiz escrever assim, muito mais facio.”

Dói lá no fundo da sua alma quando alguém escreve qualquer uma dessas palavras erradas assim? A minha dói. Não sou nenhuma mestra em língua portuguesa, mas convenhamos, às palavras são ensinadas do mesmo jeito para todo mundo, porque é tão difícil registrar isso?
De acordo com pesquisas, a língua portuguesa começou a ser difundida no Brasil no início de sua colonização ao lado do tupi (mais precisamente, o tupinambá) que era uma língua do litoral brasileiro da família tupi-guarani que aqui já existia. Com o passar dos anos a língua tupi foi proibida por uma provisão real em virtude da chegada de muitos imigrantes portugueses, que acabou por suplantar o tupi.  Porém o português brasileiro herdou palavras ligadas à língua indígena e recebeu, também, contribuições de palavras africanas devido ao inúmero contingente de escravos trazidos para cá. Assim, caracterizou-se um afastamento entre o português europeu e o brasileiro.
A partir de então é o português brasileiro, difundido e ensinado nas escolas, que norteia nossas palavras e nossa escrita. Muito se questiona sobre a qualidade do ensino no Brasil, mas isso, no momento, não vem ao caso. O fato é que existem várias pessoas “assassinando” a escrita do português e me causa amargura e indignação.
Nunca houve situação com ‘c’, nem deixa com ‘ch’, nem jeito com ‘g’ e a responsabilidade é com ‘s’ mesmo e se for responsabilize é com ‘z’. O problema sempre foi com ‘r’; o seja com ‘s’ e certeza com ‘z’ e com certeza, separado mesmo, o prejuízo é com ‘z’. Não se diminoi nada, se diminui e fica muito mais fácil com assento e ‘l’. Mas quer dizer oposição e mais é soma. Mim, só existia na língua tupi, mim não faz porque não pode ser sujeito. Só usa-se mim depois de preposição, tipo entre mim e você, sem cedilha e o quis é com ‘s’. E a pior de todas, em minha opinião, é o menas. Nunca existiu menas, é menos e pronto.
Além dessas existem outras palavras que geralmente são ditas e escritas erradas como ‘conzinha’, ‘esperimente’, ‘imprimido’, dentre outras que não estou recordando agora. O certo é cozinha, experimente e impresso.
Enquanto estou escrevendo este artigo, meu Word insiste em corrigir automaticamente todas as palavras que estou escrevendo errado. Acho que isso facilita muito a vida das pessoas, mas infelizmente não faz com que elas aprendam a escrever corretamente. Não é sinal de superioridade escrever certo, é sinal de educação. É claro que, às vezes, me pego pensando como escreve tal palavra, porque a língua portuguesa, considerada uma das mais difíceis, nos confunde, principalmente, em relação à ‘x’, ‘s’, ‘z’, ‘g’ e ‘j’ e a gente esquece mesmo. Se você não sabe como escreve, aconselho a procurar antes, é mais prático e mais bonito para o coração de quem lê.

Beijão
Mari